La Società

Ouve-se batidas na porta. É a Tomoe, que acaba de chegar. Agnus a chamou para que viesse e tomasse conhecimento de alguns dos documentos de Mieko, quando esta era sócia da empresa de Agnus e Eduard.

-- Estão aqui.

-- Bem... -- respondeu, levando a mão até a mesa a fim de ver os tais papéis -- esse aqui...

-- Contrato social. Um tanto antigo.

-- É sim, se nota. Há quanto tempo ela saiu da empresa?

-- Faz dois anos.

-- Sei. E tem mais algum documento que possa, não sei... algum outro que faça referência a ela...

-- Entendi.

-- Han?

-- Uma cópia do inventário dela. Deve estar no meio desses papéis.

-- É?

-- Sim, é vero. Carros, ações e outros papéis, imóveis... Tem até a assinatura do inventariante, lá no final.

-- Estou vendo...

Ela passou a percorrer com os olhos a lista dos bens da Mieko, da época em que era sócia. Eletrodomésticos, ações, debêntures, opções, letras do Tesouro, títulos da dívida externa brasileira, imóveis...

-- Ahn... aqui diz que ela tem uma casa na praia.

-- Já fui lá uma vez, quando fomos avaliar o valor daquela construção, eu e alguns colegas. Não é beeeeem na praia, é no meio de uma área verde, e tem um acesso a uma praia deserta e a uma estrada. E, falando em casa, é a maior que já vi. É mais uma mansão... ou um templo. E vale a fortuna de quase uma vida inteira.

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(Enquanto isso, Mieko em sua mansão...)

-- Quem é?

-- Alguém que tem algo interessante para vender, Hideki-san. E onde é que eu posso te encontrar?

-- Lá no estaleiro, atrás do galpão 17. E... qual é o assunto?

-- Vamos falar nisso pessoalmente.

-- Concordo.

Ela acabara de marcar um encontro. Hideki-san, integrante de uma organização criminosa especializada em tráfico de crianças. Ele estaria disposto a comprar uma inocente. E à hora marcada, perto das onze da noite, lá estava ela, no local combinado. De repente, um vulto se aproxima dela.

-- Ei!

-- Quem é?

-- Sou eu, não lembra?

-- A voz... sim, lembrei.

-- Ótimo. E diga: que negócios tem a tratar comigo, hein?

-- Uma inocente à venda. Tenho a foto dela aqui. -- disse, tirando umas fotos da Miu de um dos bolsos.

-- Essas fotos foram tirados horas atrás.

-- Muito bem. E quanto quer em troca dela?

-- O que o sr. oferecer está de bom tamanho.

-- Ótimo. Assim é que gosto. Esteja com ela aqui neste mesmo lugar, nessa mesma hora. -- disse, desaparecendo da vista dela em seguida. Tão rápido e tão sutil quanto aparecera.

Nossa o.o

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(Voltando à casa de Agnus...)

-- O sr. disse que ela tem um templo?

-- Bem, mais parece um templo do que qualquer outra coisa. É grande demais para uma casa. Até mesmo pra uma mansão.

-- E... não teria uma foto dessa... "mansão"... guardada...

-- Lá, pelas últimas folhas do inventário. Várias fotos. A da mansão deve estar lá.

Ela foi até onde estavam as fotos e, por um acaso, a da mansão foi parar nas mãos dela. E assim, vendo aquela foto, a foto daquele imóvel, disse:

-- É. Uma bela de uma casa... Deve valer uma fortuna.

-- Vale sim. Aliás, fez parte das garantias que ela deu quando abrimos a empresa.

-- Entendo

-- E aí tem o endereço.

-- Sim, vai ajudar. E muito. Obrigada.

-- De nada.

16:23 - 03/11/2012

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Por que a vida tem que ser assim?

É, é assim que a gente vai... vai indo, indo... e o que virá? Onde é que a gente vai parar desse jeito? Digo, tou me referindo a que a gente, sobretudo Verthandi e eu, procurando a Miu... é, cada dificuldade que aparece diante da gente...

Por falar na Miu... não sei porque eles a querem. Será que é de encomenda para algum casal que não conseguiu algum pelos meios naturais ou legais, e aí acabam por recorrer a uma coisa tão injusta, tão cruel como tentar comprar um filho, ahhh... Será que não podem ver que criança também sente? Será que eles não podem ver o quanto alguma dessas sofre?

Ah! Sei, eu sei que tem gente assim nesse mundo. É claro, nesse mundo tem todo tipo de gente, né? Mas... ora, deviam fazer algo contra isso, né? Será que não sabem que isso está acontecendo? Será que sabem e preferem fingir que isso não existe? Ou será que não querem acabar com isso? Acho que sim. Pelo menos acho que deve ser isso... afinal, eles devem estar até metidos nisso -- não sei o quanto -- mas eles estão. Esse jogo de interesses... um jogo sujo, é claro.

Ah! Quem me dera... mas não posso. Nem a Verthandi, nem eu, nem nós juntas podemos. Infelizmente.

Dousha Asahara

É verdade.

Infelizmente. O que a Dousha disse antes é a pura verdade. Infelizmente. É algo que acontece, a gente queira ou não. Isso me revolta. Quando penso nisso, fico chateada. Como é que pode?

E, como ela mesma disse, a gente nem pode acabar com isso. É muita coisa! É muita gente envolvida nisso, nesse tipo de crueldade que fazem com as crianças. Mesmo que a gente quisesse... não dá, não dá, NÃO DÁ MESMO.

O que tem que ser feito? Muita coisa. A começar pelos pais, ou por aqueles que são por eles responsáveis. Eles deveriam ter mais cuidado com o que é deles, da responsabilidade deles. E o que tem que ser mudado? Muita coisa. E quanto a esses que fazem isso... esse tipo de... argh! Isso me dá raiva só de não ter nome... Bem, eles deveriam (ou melhor, DEVEM) ser punidos sim, isso não se faz, ainda mais com uma inocente criatura!

É aí que pergunto: onde está a lei quando a gente mais precisa dela, HEIN!?

Verthandi Minamino

Ah! Como eu te amo...
Dousha Asahara

Naquele dia
Eu te vi pela primeira vez
Daquele dia jamais esquecerei
E no embalo da canção eu vou assim
E sob a luz do teu olhar andando, enfim...
Eu te amo
Nada me fará te esquecer
Esse sonho lindo que a Vida me deu
Esse sonho lindo que é o teu olhar
Esse sonho lindo que é você pra mim
Esse sonho lindo que é te abraçar...
Nossa vida, assim espero,
Só nós dois e ninguém mais
Só nós dois,
E um ao outro se entrega
Sem limites, eu me entrego a você
Sem limites, se entregará a mim
E quando a gente se abraça...
E quando a gente se entrega...
Além da imaginação
Além do sonho e da poesia
Além de toda emoção...
É sem limites que eu me entrego a você
É sem limites que se entregará a mim
E hoje mesmo, a você me entregarei
E hoje mesmo, você se entregará a mim
Assim...

Capítulos

Caminhos Úteis

20 - O Acordo

Por que a vida tem que ser assim?

É verdade.

Ah! Como eu te amo...Dousha Asahara

Ah! Como eu te amo...
Dousha Asahara