LA SOCIETÀ ~ La Sociedad ~ Sociedade ~ The Society ~ Geseska ~ La Società ~ Sobyetakuza

Capítulos

01. A Ilha

02. Lutando no Escuro

03. Um Súbito Interesse

04. No Escritório da Wappen

05. A Rosa Escarlate

06. O Princípio de Uma Porfia

07. Um Jeito Diferente de Viajar

08. Chez Agnus

09. A Invasão

10. É Verdade Mesmo, Dousha?

11. O Templo

12. Miu, Onde Você Está?

13. Tomoe Yukishiro

14. A Desajeitada

15. Um Dia Calmo... Até Demais

16. Fúria de um Olhar Cativante

17. Uma Nova Descoberta

18. Ameaça Inesperada

19. Agonia de uma Alma Inocente

20. O Acordo

21. A Entrega

22. Ao Encontro de uma Surpresa

23. Chegando na Frente

24. À Toda!

25. E Agora?

26. Por Um Triz...


Importante: Trata-se de uma história inacabada.


Caminhos Úteis

Leia o post mais recente | Mais sobre mim | Posts antigos | Impressões | DiaryLand | Contato | Ler um post qualquer

08 - Chez Agnus

A nave, então, desceu até pairar sobre o lago. Moveu-se até o espaço que ficava entre a casa e o lago. Esta ficava em Okayama. Eles apareceram fora da nave, que voltou à sua forma original de um animalzinho muito bonitinho, como dissera Dousha.

-- Chegamos. -- anunciou ele

-- Olha só!

Ele foi até a porta. Tirou um molho de chaves de um dos bolsos, pôs a chave certa na fechadura e virou na direção correta a fim de abrir a porta. E abriu a porta.

A casa era duplex. Tinha uma grande sala no térreo, sala essa que tinha uma escada num dos cantos. Ele a comprara para si. Apesar de morar sozinho, aquela casa tinha três quartos, dois banheiros, copa-cozinha, área de serviço e toda aquela campina ao redor e o lago diante dela. Daí, Verthandi pergunta:

-- Ué? Você mora só?

-- Bem... moramos eu e a Ryoki, não é? -- disse ele, fazendo um carinhozinho nela...

-- Mas... não tem ninguém mais que more aí contigo? -- quis Dousha saber.

-- Não. -- responde Agnus -- Ninguém mais.

"Bem que a Verth disse", pensou ela, com seus olhinhos postos em Agnus e um leve sorriso no rosto. "Ele não arranjou ninguém... agora quero ver que cara a Drika vai fazer quando ela souber que estou morando na casa dele. Uhhhh!".

-- Que foi? -- ele perguntou

-- Ahn? ... Não, nada não.

-- Bem, então vamos entrandoo -- disse ele, fazendo um sinal com o braço para que todas elas entrassem. Assim, ele entrou por último e fechou a porta sobre si.

As janelas foram abertas e a luz ambiente do lado de fora invadiu o interior daquela casa.

Na sala uma estante. Uma televisão de 42 polegadas, estéreo e tecla SAP, TV Digital e a cabo, lá estava. Do lado, micro-system ligado à televisão para que ele pudesse ouvir as ilustrações do Pagliarim, às quais tanto apreciava. Bem... quando ele estava em casa, lógico. Havia na estante livros. Alguns eram livros que ele gostava de ler, tipo Pequeno Príncipe, Garotas Mágicas, dentre outros. E também alguns que só ficavam lá de enfeite, tipo Código Civil, Manual de Contabilidade, Aventuras da Galera do Sítio Quebra-Dente, etc..

Confortáveis sofás e poltronas sobre um tapete com desenhos de figuras geométricas. Os sofás eram lisos. As cortinas, verdes. E o lustre, comum e normal. Num canto da sala, um aquário com vários peixinhos tipo Betta completava a sala.

-- Que lindo! -- era o que diziam, quando os seus olhinhos lhe diziam o que havia naquela casa.

Dousha foi para a cozinha. E viu que era tipo americana, parecida com aquela que pode ser vista na casa do Kevin, no filme Esqueceram de Mim. Via o microondas, a geladeira duplex, armário e dispensa. Na torneira da pia havia um filtro ozonizador de água, que também a deixava geladinha. Os azulejos eram brancos com listras na cor bege. Os pisos eram de uma cor escura e alto brilho. E tudo estava limpo -- exceto por uns pratos sujos na pia. Como ele morava só, quase toda a sujeira da casa se resumia em poeira, facilmente retiraada dos móveis e outros objetos.

Verthandi notou que, num dos cantos da sala havia uma escada. Um corrimão comum, de madeira de lei. O mesmo piso que fora usado na sala, o era também na escada, corredor e quartos. Ela, pois, foi subindo. Agnus as deixara à vontade. E ainda mais a ela, sua sobrinha.

Izumi seguiu a Verth pelas escadas. E é claro, a Miu também.

Como já disse, havia três quartos. O quarto dele era assim: uma cama de casal, feita de madeira de lei, padrão mogno, cama que já contava com uns quarenta anos de idade mas, ainda assim, firme e forte. Um guarda-roupas em um canto e um criado-mudo ao lado da cama. A cabeceira sempre virada para a parede, de tal forma que os seus pés apontavam para a direção da janela, quando dormia. Aliás, uma janela ampla, heim! E, à noite, ele a costumava deixar aberta. Assim, ele podia contemplar as estrelas ao dormir e, se fosse o caso, até quando acordava de madrugada. Sim. Ele acordava de madrugada às vezes, sim. É que no quarto havia uma televisão, também a cabo, pela qual, às vezes, via alguns canais do Brasil, a sua terra de origem.

Nos outros quartos não havia muita coisa não. Num deles, um guarda-roupa, uma cama de casal e um beliche. Era o maior dos quartos, talvez como o de hóspedes. E, no outro, o menor dos quartos que era usado como escritório, havia uma mesa com computador, umas cadeiras e um armário de arquivos. Dentro desse armário eram guardados as contas, os documentos e outras coisas afins, cada item separado por pastas e ordenado por data de forma decrescente. Esse quarto ficava trancado a chave, a não ser quando o utilizava.

Ele havia ido para o seu quarto. Já se despia das roupas de trabalho e as trocando por outras, mais leves, seguia para o banho. Uma vez trancada a porta do mesmo, foi desestressar sob uma ducha forte. O outro banheiro era tipicamente japonês, com direito a ofurô e algo mais.

-- Onde está ele? -- quis saber Dousha

-- Ele deve estar lá em cima -- respondeu Eleonora.

Elas estavam juntas na cozinha. Dousha procurava algo que, porventura, estivesse pronto para ser aquecido. Mas nada havia. Então ela resolveu olhar algumas gavetas. E na primeira que abriu, encontrou uma folha de papel, impressa, com uma receita.
Eleonora só ficava a olhar, mas em nada tocava. Foi Dousha mesmo que procurou pelos ingredientes -- e os encontrou, após muito procurar pela dispensa --. Então se pôs a preparar algo.

-- Que é isso?

-- Bem... aqui diz: "Bolo de chocolate".

E ela foi misturando os ingredientes na ordem em que apareciam na receita. E foi misturando tudo com a mão mesmo. Farinha, ovo, fermento, açúcar, leite, maizena, azeite...

-- Azeite? Onde é que você viu, Dousha, que se põe azeite no bolo, hein?

-- Ah, por favor. Deixa eu me concentrar aqui o.o

-- Será que isso vai prestar?

-- Vamos ver -- disse ela, decididamente, apontando a colher de mistura para Eleonora. Como não poderia deixar de ser, um pouco da massa que viera com a colher caiu no chão.

-- Olha o que você fez! Agora o Agnus vai brigar com a gente.

-- Desculpeeee!!!

-- Bem, deixa que eu limpe isso aqui -- disse Eleonora, dirigindo-se a um pano que havia sido deixado no chão na limpeza da semana passada. Ela também foi na dispensa da lavanderia e pegou um produto de limpeza qualquer, o primeiro que ela achou. Voltou até àquela cozinha e derramou um pouco do produto sobre o derramado. Passou o pano.

-- Pronto. Agora vê se não suja mais o chão, entendeu?

-- Sim, sim, é claro que sim, ora o.O Agora deixa eu terminar aqui.

Bem...

-- Você sabe onde tem uma fôrma por aí?

-- Não sei; como poderia saber?

Ela então procurou pela forma onde eram guardadas as vasilhas. Achou uma fôrma especial, redonda, sem furo no meio e que não precisava ser untada, pois era revestida com teflon(r). Dousha pôs a massa naquela forma e a pôs para assar no forno. Contou cinqüenta minutos e ficou andando pra lá e pra cá.

-- Dousha! Vê se pára de ficar assim. Isso não vai fazer o bolo assar mais depressa.

Mas ela fazia ouvido de mercador. E o bolo assando.

-- Olha... tem razão. Vou pra sala.

Eleonora a seguiu até a sala. Dousha encontrou o controle remoto e ligou a TV. Estava passando na sessão Animé to the Extreme, a série Garotas Mágicas, que estava terminando.

Você caiu do céu, minha Lina,
Um anjo lindo que me apareceu
Em forma de mulher,
Que, com seus olhinhos de esmeralda
Me enfeitiçou...
Oh Wow!


Numa certa altura, Dousha foi à cozinha, ao forno, e tratou de ver se já estava pronto. Ela abriu o forno, mas o bolo ainda não estava pronto, ainda.

-- Mas... o que foi que...

Eleonora, que ficara olhando tudo, viu quando ela abriu o forno. Disse:

-- Agora não vai prestar mais, Dousha. É melhor esconder isso aí antes que ele veja.

Mas não era preciso. Não mais. Lá em cima, Agnus saiu do banho, já com os trajes de ficar em casa. Assim que abriu a porta, sentiu um cheiro. O mesmo, lembrou-se ele, que sentia quando sua mãe lhe fazia bolo de chocolate. E isso o pôs para baixo. Ahn? Quer dizer... isso o fez descer as escadas, ignorando a Verthandi e as duas menininhas que a seguia, que estavam naquele quarto onde havia um beliche.

Um ruído de pés descendo as escadas pôde ser ouvido. Dousha e Eleonora tentam disfarçar, mas...

-- O que aconteceu, hein!?

-- É que, é que...

-- Deixa eu ver -- disse ele, decididamente indo ao forno. Sentiu-o quente. Abriu-o. Ele pegou de uma toalha que estava ali por cima da bancada. Voltou. Protegendo as mãos com a toalha, tirou o bolo do forno. Ligou o ventilador de teto para que o bolo esfriasse rápido. Mas... como ele não era de esperar -- ainda mais quando o assunto era bolos e gostosuras -- ele pegou uma faca em uma gaveta e partiu um pedaço para si. As duas ficaram olhando tudo, sem dizer nada.

-- Hummm! -- provou do bolo que, apesar de solado e de ter murchado pelo descuido da Dousha em ver se estava pronto, estava uma delícia. -- Muito, uma delícia. Quem foi que fez, hein?!

O rosto de Dousha corou. Ele então percebeu que fora ela a autora daquela receita que, apesar de não muito boa aparência, era deliciosa ao extremo. Assim, ele olhou para ela e sorriu. E disse:

-- Fiquem à vontade. Vocês estão em casa.

Ele então saiu da cozinha. E elas foram comendo aquele bolo. E alguém estava escondido atrás da mata que cercava aquela residência. E esse alguém pegou um celular.

11:27 - 03/11/2012


anterior | próximo

Por que a vida tem que ser assim?

É, é assim que a gente vai... vai indo, indo... e o que virá? Onde é que a gente vai parar desse jeito? Digo, tou me referindo a que a gente, sobretudo Verthandi e eu, procurando a Miu... é, cada dificuldade que aparece diante da gente...

Por falar na Miu... não sei porque eles a querem. Será que é de encomenda para algum casal que não conseguiu algum pelos meios naturais ou legais, e aí acabam por recorrer a uma coisa tão injusta, tão cruel como tentar comprar um filho, ahhh... Será que não podem ver que criança também sente? Será que eles não podem ver o quanto alguma dessas sofre?

Ah! Sei, eu sei que tem gente assim nesse mundo. É claro, nesse mundo tem todo tipo de gente, né? Mas... ora, deviam fazer algo contra isso, né? Será que não sabem que isso está acontecendo? Será que sabem e preferem fingir que isso não existe? Ou será que não querem acabar com isso? Acho que sim. Pelo menos acho que deve ser isso... afinal, eles devem estar até metidos nisso -- não sei o quanto -- mas eles estão. Esse jogo de interesses... um jogo sujo, é claro.

Ah! Quem me dera... mas não posso. Nem a Verthandi, nem eu, nem nós juntas podemos. Infelizmente.

Dousha Asahara


É verdade.

Infelizmente. O que a Dousha disse antes é a pura verdade. Infelizmente. É algo que acontece, a gente queira ou não. Isso me revolta. Quando penso nisso, fico chateada. Como é que pode?

E, como ela mesma disse, a gente nem pode acabar com isso. É muita coisa! É muita gente envolvida nisso, nesse tipo de crueldade que fazem com as crianças. Mesmo que a gente quisesse... não dá, não dá, NÃO DÁ MESMO.

O que tem que ser feito? Muita coisa. A começar pelos pais, ou por aqueles que são por eles responsáveis. Eles deveriam ter mais cuidado com o que é deles, da responsabilidade deles. E o que tem que ser mudado? Muita coisa. E quanto a esses que fazem isso... esse tipo de... argh! Isso me dá raiva só de não ter nome... Bem, eles deveriam (ou melhor, DEVEM) ser punidos sim, isso não se faz, ainda mais com uma inocente criatura!

É aí que pergunto: onde está a lei quando a gente mais precisa dela, HEIN!?

Verthandi Minamino


Ah! Como eu te amo...
Dousha Asahara

Naquele dia
Eu te vi pela primeira vez
Daquele dia jamais esquecerei

E no embalo da canção eu vou assim
E sob a luz do teu olhar andando, enfim...

Eu te amo
Nada me fará te esquecer
Esse sonho lindo que a Vida me deu
Esse sonho lindo que é o teu olhar
Esse sonho lindo que é você pra mim
Esse sonho lindo que é te abraçar...

Nossa vida, assim espero,
Só nós dois e ninguém mais
Só nós dois,
E um ao outro se entrega
Sem limites, eu me entrego a você
Sem limites, se entregará a mim

E quando a gente se abraça...
E quando a gente se entrega...
Além da imaginação
Além do sonho e da poesia
Além de toda emoção...

É sem limites que eu me entrego a você
É sem limites que se entregará a mim
E hoje mesmo, a você me entregarei
E hoje mesmo, você se entregará a mim

Assim...