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Capítulos

01. A Ilha

02. Lutando no Escuro

03. Um Súbito Interesse

04. No Escritório da Wappen

05. A Rosa Escarlate

06. O Princípio de Uma Porfia

07. Um Jeito Diferente de Viajar

08. Chez Agnus

09. A Invasão

10. É Verdade Mesmo, Dousha?

11. O Templo

12. Miu, Onde Você Está?

13. Tomoe Yukishiro

14. A Desajeitada

15. Um Dia Calmo... Até Demais

16. Fúria de um Olhar Cativante

17. Uma Nova Descoberta

18. Ameaça Inesperada

19. Agonia de uma Alma Inocente

20. O Acordo

21. A Entrega

22. Ao Encontro de uma Surpresa

23. Chegando na Frente

24. À Toda!

25. E Agora?

26. Por Um Triz...


Importante: Trata-se de uma história inacabada.


Caminhos Úteis

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06 - O Princípio de uma Porfia

Ali estavam, sentadas naquela sala de espera. A porta que dava acesso à parte do escritório onde Agnus estava numa mesa com um laptop, se encontrava aberta naquela hora. Coincidentemente -- ou talvez não -- Dousha estava em um lugar da sala de espera que lhe permitia uma certa visão daquela sala, a saber, dele. Ela o via. E, agora, o queria mais. Estava pensando nele, já desde quando estava a caminho, naquele barco, quando a Verth falou dele. E assim foi na rua. E assim foi no elevador. Ela não deixou de pensar nele desde que ouviu o seu nome: Agnus Minamino.

Mas algo a perturbou. A presença de Drika, a secretária dele. E não só. O jeito com que ela cuidava dos interesses -- não só os da empresa, mas também dos interesses dele -- começou a lhe incomodar profundamente. Além disso, ela era educada, gentil -- com ele, então... -- Praticamente, ela o tratava, como se diz por aí, "a pão-de-ló". É claro que ele não lhe dava chance. Não, ele não queria nada com ninguém, nada que fosse além da fronteira dos negócios. Mas ela, Drika, assim mesmo não perdia a esperança de, algum dia, vencer essa impossibilidade.

E não era somente isso. Drika era uma mulher, nos seus vinte e cinco anos, de beleza admirável, chamava atenção onde passava. Cabelos negros até perto da cintura. Olhos castanho-escuros. Pele sedosa e macia. Um rosto que poucas tinham. E, não obstante, ainda vestia um vestido verde cuja orla ficava a um palmo da altura dos joelhos. Enfim. Ela tinha o porte. E ela era solteira.

Mesmo assim, mesmo em meio a tanta pensação frenética dentro daquela cabecinha marota, Dousha ainda olhava para ele.

Como fruto de uma intuição -- ou, quem sabe, até mesmo, de uma talvez certa radiação subnuclear invisível, provavelmente emitida pelos olhos de quem vê sobre quem ou o que é visto -- Agnus percebe que Dousha o observa, e ele responde olhando-a também. Por um minuto foi assim. Nisto, Drika chega de uma outra porta à sala onde ele estava e notou a estranheza do seu comportamento.

-- Que foi, senhor?

-- Ah, nada! -- quis desfazer ele a impressão que ela tivera -- um assunto da empresa.

Drika, não muito crente nisso, resolveu olhar para onde ele estava olhando. Foi aí que percebeu a presença de Dousha. Na mesma hora sentiu ciúmes. Mas não demonstrou isso -- por muito pouco. Assim mesmo, fechou a porta.

-- TTACCKK!

"Ela já me notou", pensou Dousha. "Ela acha que sou, por causa ele, sua rival. Mas por que ela vai andar assim, agoniada por minha causa? Ela já devia ter notado que ele não quer nada com mulher alguma. Se para ela não dá, muito menos pra mim. Nem ela mesmo poderia... Ahn..", suspirou.

Quase na mesma hora, o cérebro de Drika começou a fervilhar: "Quem ela pensa que é? Aquela, ahhhrhrr! Aquela adolescentezinha de nada! AHHHRHRR!", rangia ela no seu pensamento, refletindo-se isso em uma leve ruga na testa. "Eu trabalho aqui já faz sete anos. E ela vem, aquela sem-vergonhazinha vem do nada e ainda ele olha pra ela? Que coisa! Ela quer roubar ele de mim, ele e o dinheiro dele... ela quer isso! Mas não vou dar essa chance pra ela. Ah, se vou!!! AH, SE VOU!!!".

Que foi, Drika? -- Agnus pareceu escutar o pensamento dela

Ahn, nada não! nada... -- disfarçou

Sei -- considerou ele, em tom de Wladimir Barbosa, já sabendo que ela tinha uma queda por ele. Até já parecia prever o que estava para acontecer, caso elas se encontrassem.

"Bem...", pensou ele, "vai ser divertido ver a reação delas quando se encontrarem. É uma coisa pela qual vale a pena pagar para ver."

Ele, então, foi-se até a porta e abriu.

Dousha estava sentada ao lado de uma daquelas mesas que ficavam lá para decorar o ambiente, além de servir de revistário. Entre os vários jornais e revistas que lá haviam, estavam três folhas de papel verde.

-- Ei, você

-- Ahn?

-- Como se chama?

-- E.. Do.. Dousha.

-- Edodousha, Está vendo esses papéis verdes aí, perto de você? Traz pra mim, please. -- disse ele, e voltou à sua mesa.

-- Sim, sim. -- respondeu, olhou para aquele revistário, viu os papéis verdes e os tomou. Daí, levantou-se e foi até a mesa dele.

-- Muito bem, Edodousha

-- Dousha.

-- Bonito nome.

-- Obrigada.

-- De nada. Sente-se.

E, então, disse:

-- Bem... faz duas semanas atrás que o Touya foi embora. Hiroyuki Touya, ele era de grande ajuda aqui.

-- E por que ele foi?

-- Se demitiu. Disse que tinha encontrado um lugar melhor, que paga mais... é, algo assim. O certo é que ele foi. Desde então estive procurando alguém para substituí-lo. Faz falta ter alguém que organize os documentos, as pastas, etc.. Diga-me: você já trabalhou em escritório alguma vez?

-- Não, nunca trabalhei.

-- Bem... -- disse ele -- então se prepare, pois a partir de amanhã, você vai trabalhar aqui.

-- Ahn? -- ficou surpresa.

-- Sim, é isso mesmo. Esteja aqui amanhã, às oito.

-- Sim, senhor!

-- Ah-an! Não me chame de senhor. Meu nome é Agnus. -- disse-lhe, estendendo a mão.

-- Tudo bem. -- concordou, apertando sua mão. E saiu da sala.

E a Drika? Ela escutou tudo do outro lado da divisória. Mas o que conta é que, agora, ela se sentia realmente ameaçada. Também, em todos esses sete anos trabalhando ao seu lado ela jamais se declarou. E agora tem receio de perdê-lo... para Dousha! Aff... Como ela poderia perdê-lo se, na verdade, na verdade nunca o teve? Vai saber onde...

11:25 - 03/11/2012


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Por que a vida tem que ser assim?

É, é assim que a gente vai... vai indo, indo... e o que virá? Onde é que a gente vai parar desse jeito? Digo, tou me referindo a que a gente, sobretudo Verthandi e eu, procurando a Miu... é, cada dificuldade que aparece diante da gente...

Por falar na Miu... não sei porque eles a querem. Será que é de encomenda para algum casal que não conseguiu algum pelos meios naturais ou legais, e aí acabam por recorrer a uma coisa tão injusta, tão cruel como tentar comprar um filho, ahhh... Será que não podem ver que criança também sente? Será que eles não podem ver o quanto alguma dessas sofre?

Ah! Sei, eu sei que tem gente assim nesse mundo. É claro, nesse mundo tem todo tipo de gente, né? Mas... ora, deviam fazer algo contra isso, né? Será que não sabem que isso está acontecendo? Será que sabem e preferem fingir que isso não existe? Ou será que não querem acabar com isso? Acho que sim. Pelo menos acho que deve ser isso... afinal, eles devem estar até metidos nisso -- não sei o quanto -- mas eles estão. Esse jogo de interesses... um jogo sujo, é claro.

Ah! Quem me dera... mas não posso. Nem a Verthandi, nem eu, nem nós juntas podemos. Infelizmente.

Dousha Asahara


É verdade.

Infelizmente. O que a Dousha disse antes é a pura verdade. Infelizmente. É algo que acontece, a gente queira ou não. Isso me revolta. Quando penso nisso, fico chateada. Como é que pode?

E, como ela mesma disse, a gente nem pode acabar com isso. É muita coisa! É muita gente envolvida nisso, nesse tipo de crueldade que fazem com as crianças. Mesmo que a gente quisesse... não dá, não dá, NÃO DÁ MESMO.

O que tem que ser feito? Muita coisa. A começar pelos pais, ou por aqueles que são por eles responsáveis. Eles deveriam ter mais cuidado com o que é deles, da responsabilidade deles. E o que tem que ser mudado? Muita coisa. E quanto a esses que fazem isso... esse tipo de... argh! Isso me dá raiva só de não ter nome... Bem, eles deveriam (ou melhor, DEVEM) ser punidos sim, isso não se faz, ainda mais com uma inocente criatura!

É aí que pergunto: onde está a lei quando a gente mais precisa dela, HEIN!?

Verthandi Minamino


Ah! Como eu te amo...
Dousha Asahara

Naquele dia
Eu te vi pela primeira vez
Daquele dia jamais esquecerei

E no embalo da canção eu vou assim
E sob a luz do teu olhar andando, enfim...

Eu te amo
Nada me fará te esquecer
Esse sonho lindo que a Vida me deu
Esse sonho lindo que é o teu olhar
Esse sonho lindo que é você pra mim
Esse sonho lindo que é te abraçar...

Nossa vida, assim espero,
Só nós dois e ninguém mais
Só nós dois,
E um ao outro se entrega
Sem limites, eu me entrego a você
Sem limites, se entregará a mim

E quando a gente se abraça...
E quando a gente se entrega...
Além da imaginação
Além do sonho e da poesia
Além de toda emoção...

É sem limites que eu me entrego a você
É sem limites que se entregará a mim
E hoje mesmo, a você me entregarei
E hoje mesmo, você se entregará a mim

Assim...