Capítulos♥ 10. É Verdade Mesmo, Dousha? Importante: Trata-se de uma história inacabada. Caminhos Úteis |
01 - A IlhaNo porto da ilha Duma, pouco antes do princípio da noite, um barquinho havia ali. Diante da beleza e do resplandor rubro de um entardecer, do qual me há lembranças de Salvador, e sob essa rubra luz, Verthandi. Sefiro. Tinha este título o tal barquinho. Verthandi o via. Isso numa noite escura, cidade deserta e de porto fechado. Ali, sobre as águas, como de costume em várias tardes, repousava ali. E ali, Verthandi. Nisso, chegaram Dousha, Eleonora, e a pequena Izumi. E à Verthandi se juntaram. Elas todas em ali. -- Onde estavam? Elas estavam vestindo blusas -- com exceção da Verthandi, que vestia uma cuja orla não lhe chegava cinco dedos acima da cintura. Assim como todas vestiam calças tipo moleton, exceto por Izumi, que ali se achava de saia comprida cuja orla ficava um palmo acima dos pés. -- Vindo para cá. -- responderam -- Bem, então. -- E agora, Verth? -- uma delas, a saber, Dousha, perguntou -- Estão vendo aquele barco ali? Nele vamos entrar sem deixar nos perceber. -- E aonde vamos? -- À Tóquio, oras. -- Nós sozinhas? Ir tão longe? -- as três ficaram surpresas com o que estavam prestes a agir. -- Vamos ou não? -- quis Verthandi saber -- VAMOS! -- responderam as três -- Vamos, então. Então embarcadas, assim zarparam. Afastando-se do porto, pouco a pouco, e chegando cada vez mais perto do que se costuma chamar de alto mar. E prosseguiam em sua viagem, navegando na barcagem, e a Dousha conduzia, posto que do mar era uma íntima amante loba. Pois bem... de um tempo na barcagem, no mar, indo elas. Nada de terra, só água. No Norte, água. No Sul, também. Ao Nascente, mais água e... Ela não se voltou ao poente a avistar. -- Onde a gente tá? -- Seosea, toulei! Seosea, toulei! We're lost! We're lost! -- dizia Eleonora, como uma sem-noção. Dousha riu. Izumi começou a repetir, ainda que parcamente, o que a sem-noção estava dizendo. Aquilo à Verthandi parecia incomodar -- ou seria irritar? -- Quietas! Neste momento a Izumi chora. -- Não disse, NÃO DISSE? Agora, assustada com tudo, né? Dousha tomou a Izumi e a acolheu -- Verth! precisa falar assim com ela? -- Tá bom, tá certo... e.. Aff! Sempre assim. Desde a queda da Bastilha, a... aff... esquece! Dousha olhava em volta e... só era água. Ela se virou ao Norte e viu... água. Para o Sul, também. Indo o seu olhar ao Nascente, mais água e... -- Calma, gente, foi só essa pedra aqui -- Francamente, Dousha! Vê se presta atenção onde anda com esse barco. -- Heh! Tá legal! Não precisa ficar assim o.o Após desviar daquela pedra, o barquinho prosseguiu até chegar à praia. De uma ilha virgem -- bem, ao menos, aparentemente. E já se aproximam da praia. -- Agora sim. Enfim, sãs e salvas em terra firme e tranqüila. Aquele barco ficou ali. E dele desceram. A luz rubra que ainda no céu restava antes de o sol se pôr completamente o cingia de um tom crepúsculo único, que jamais se repetiria. -- E onde é que vamos dormir? -- Ora, aqui mesmo na areia. Dousha, você mesma, junte umas folhas de palmeira, o bastante para forrar o lugar onde a gente vai deitar. Eleonora vai com você. -- Vamos. Elas foram por onde, ali por perto, onde acharam várias palmeiras ali. Dousha levara uma faca a fim de cortar os galhos e, assim, juntar as folhas. Izumi ficou ali na praia. Verthandi, idem. Levantou ela seus olhos ao céu, que limpo se mostrava. A estrela do Norte se mostrava mais refulgente que as demais. A Lua... ah! essa sim, na sua fase crescente podia ser vista como que viajando vagarosamente de um horizonte a outro, com o seu esplendor de sempre. Chover? Naquela noite, isso não iria acontecer. Izumi deixa de olhar o céu acima de si e passa a olhar em sua volta. Nota algo diferente em algum canto da mata que, na praia, se opunha perpendicularmente à linha de onde a água tentava avançar por meio de leves ondas, contudo, sem sucesso. Ela vai até ali. -- Izumi! -- clama Verthandi sem, no entanto, ser atendida. Izumi adentra a mata. Desaparece da sua vista. Verthandi a segue e também acaba adentrando a mata. E, num só momento, percebeu uma forte pancada na cabeça. E apaga. Quando volta a si, se encontra deitada na areia. Ainda sentia um resquício de dor daquela pancada que havia levado. Ela gira até se pôr debruçada, e assim se levantou. Percebe um rastro na areia que dela partia até adentrar a mata virgem. Pouco depois, Izumi surge da mata de mãos dadas com uma menininha de, mais ou menos, o tamanho e a idade dela. 11:00 - 03/11/2012 |
Por que a vida tem que ser assim?É, é assim que a gente vai... vai indo, indo... e o que virá? Onde é que a gente vai parar desse jeito? Digo, tou me referindo a que a gente, sobretudo Verthandi e eu, procurando a Miu... é, cada dificuldade que aparece diante da gente... Por falar na Miu... não sei porque eles a querem. Será que é de encomenda para algum casal que não conseguiu algum pelos meios naturais ou legais, e aí acabam por recorrer a uma coisa tão injusta, tão cruel como tentar comprar um filho, ahhh... Será que não podem ver que criança também sente? Será que eles não podem ver o quanto alguma dessas sofre? Ah! Sei, eu sei que tem gente assim nesse mundo. É claro, nesse mundo tem todo tipo de gente, né? Mas... ora, deviam fazer algo contra isso, né? Será que não sabem que isso está acontecendo? Será que sabem e preferem fingir que isso não existe? Ou será que não querem acabar com isso? Acho que sim. Pelo menos acho que deve ser isso... afinal, eles devem estar até metidos nisso -- não sei o quanto -- mas eles estão. Esse jogo de interesses... um jogo sujo, é claro. Ah! Quem me dera... mas não posso. Nem a Verthandi, nem eu, nem nós juntas podemos. Infelizmente. Dousha Asahara É verdade.Infelizmente. O que a Dousha disse antes é a pura verdade. Infelizmente. É algo que acontece, a gente queira ou não. Isso me revolta. Quando penso nisso, fico chateada. Como é que pode? E, como ela mesma disse, a gente nem pode acabar com isso. É muita coisa! É muita gente envolvida nisso, nesse tipo de crueldade que fazem com as crianças. Mesmo que a gente quisesse... não dá, não dá, NÃO DÁ MESMO. O que tem que ser feito? Muita coisa. A começar pelos pais, ou por aqueles que são por eles responsáveis. Eles deveriam ter mais cuidado com o que é deles, da responsabilidade deles. E o que tem que ser mudado? Muita coisa. E quanto a esses que fazem isso... esse tipo de... argh! Isso me dá raiva só de não ter nome... Bem, eles deveriam (ou melhor, DEVEM) ser punidos sim, isso não se faz, ainda mais com uma inocente criatura! É aí que pergunto: onde está a lei quando a gente mais precisa dela, HEIN!? Verthandi Minamino Ah! Como eu te amo...
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